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O Ministro da Justiça e outras coisinhas

Um Novo Ministro da Justiça?
(Sobre Antonio Claudio Mariz de Oliveira)

Paulo Sérgio Leite Fernandes

Os jornais de hoje, 27 de abril de 2016, expõem a fotografia do criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, dizendo-o com possibilidades de ocupar o Ministério da Justiça, sob a presidência de Michel Temer. Este escriba se dá bem com os dois. Temer é uma solução possível. Mariz é esperança agradável. Tocando o segundo, vai aqui, obviamente, o aplauso da confraria de advogados criminais brasileiros, com alguma apreensão: vale lembrar, quando José Carlos Dias tomou assento, lá atrás, no Ministério da Justiça, a advertência feita por este narrador. Afirmou que suportaria, o colega, temporada pequena no planalto brasiliense. O vaticínio deu certo: José Carlos veio de volta uns 90 dias depois. A seguir, Miguel Reale Júnior aceitou o posto. A esfinge disse: “ – Fica três meses”. Errou, a pitonisa, por pouco. Não houve qualquer dom divinatório na previsão. Era simples. Forjados no respeito às garantias e liberdades individuais, os criminalistas sempre têm constrangimento perante as múltiplas provocações deletérias vindas do mundo circundante. Márcio Thomás Bastos foi exceção. Sua presença se fez constante, sim, espécie de Maquiavel “in bonam partem”, operando decididamente para a edificação daquele inferno asséptico denominado “Catanduvas”, no sul do país. O escriba era amigo e quase discípulo de Flamínio Fávero. Aquele mestre da medicina legal, depois de morto, virou nome de presídio. Aconteceu o mesmo a outro criminalista respeitadíssimo em São Paulo (Parada Neto). Melhor teria sido transformar-se em nome de rua. Que não deem a Márcio assemelhada honraria. O escriba passa todos os dias sob o Viaduto Dante Delmanto. Relembra assim, nas manhãs, a imagem daquele excelente advogado criminal, símbolo da especialidade e guardião, com seu busto, no Tribunal de Justiça, das tradições da vetusta guilda. Assim, cuidado todos com a memória. Dizem que as estátuas servem à alegria dos netos e ninhos de pardais. Não é bem assim.

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