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Começa a disputa na OAB-SP – Vêm por aí as eleições

Paulo Sérgio Leite Fernandes

Este site, quarenta dias atrás, já se ofereceu para uma série de entrevistas entre possíveis candidatos à renovação da diretoria da Secção de São Paulo da OAB. São, em tese, trezentos mil eleitores. A última pesquisa feita em relação à capacidade primária de obtenção de acessos deste “sítio” eletrônico chegou a uma média de seiscentos acessos/dia, aumentando no período em que as notícias são renovadas. Isso dá, aproximadamente, dezoito a vinte mil acessos/mês, circunstância a tornar convidativo o aparecimento dos pretendentes a liderar a maior Seccional do país. Já se sabe que Rosana Chiavassa é concorrente. Marcos da Costa, atual vice-presidente, deve surgir. Roberto Podval, criminalista conhecido, aparece por aí. Sônia Mascaro é candidata, fazendo parelha com Ricardo Hasson Sayeg. Alberto Zacharias Torón, pertencendo também à família dos criminalistas, pontifica em um terço de página do jornal “Folha de São Paulo” desta semana, findando em 25 de março. Acusa as atuais lideranças da OAB de usarem a instituição para promoção pessoal. Para fazê-lo, Torón põe a foto no jornal, em informe publicitário custando caro. Quem pode pode. Outros hão de poder, pois a publicidade é a alma do negócio. Aqui, quem quiser aparecer vai receber tratamento absolutamente igual e o mesmo tempo. Evidentemente, não há candidato ou candidata sem rosto. Quando os gregos falavam em “persona”, queriam referir-se às máscaras usadas, quer nas tragédias, quer nas obras cômicas persistentes à época. Candidato sem personalidade não existe. Daí o próprio Alberto Zacharias Torón ter posto sua foto na “Folha”, sorrindo alegremente. Note-se que o texto é forte e agressivo, mas ele destoa pois se mostra entusiasmado e gratificante. Rosana é determinada. Já foi pretendente à Presidência e, para não perder o mote, tentou também ser deputada estadual. Obteve porcentagem razoável de votos. De um lado, ganhou experiência e, de outra parte, ficou ciente de não ter desaparecido no eleitorado. Marcos da Costa é discreto, obsessivamente dedicado à OAB e se ampara na situação. Sayeg, Mascaro e Podval nadam nas cercanias. D’Urso me conferiu a medalha Raimundo Pascoal Barbosa, honraria muito importante. Está na “Casa da Memória da OAB-SP”, esperando a vez. No velho edifício da Praça da Sé havia uma placa de bronze com meu nome outorgado ao “Escritório Experimental Paulo Sérgio Leite Fernandes”. A placa sumiu. Aquilo sumiu porque sumiu. No meio tempo, fico sabendo que a Secção de São Paulo da OAB vai se mudar para um prédio enorme cuja foto segue acima. Que coisa bonita.

Em priscas eras, quando eu era importante na entidade, quis levar Cid Vieira de Souza, presidente à época, a adquirir um prédio novinho próximo à Igreja de São Gonçalo. A OAB tinha o dinheiro. Cid ficou constrangido. Alguém poderia falar mal dele. Os advogados pagaram o preço caro da multiplicação de prédios inadequados, depois, do centro de São Paulo. A diretoria recente é corajosa. Fez negócio com o Conselho Federal. A nova sede vai ser linda, com certeza. De repente, minha placa de bronze aparece outra vez. De qualquer forma, parabéns pelo novo prédio. Vem a calhar.

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