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O Supremo Tribunal Federal decide: quem não tem cérebro não é gente

Paulo Sérgio Leite Fernandes

O país inteiro acompanhou a disputa, no Supremo Tribunal Federal, sobre questão tormentosa, a saber se é ou não possível provocar o abortamento de feto anencéfalo. Os pais, antes, foram ao dicionário e escolheram nome para o nascituro. Chamaram-no Esaú. Em termos simples, quem não tem cérebro não é gente. Logo, num silogismo quase perfeito, Esaú é um feto. Gente tem cérebro. Esaú não tem cérebro, logo Esaú não é gente. Por consequência, mate-se Esaú. Houve feminista aplaudindo com extrema alegria. O raciocínio, dentro do contexto, deve valer, igualmente, para quem sofra acidente vascular cerebral grave, queimando todos os neurônios e por decorrência prejudicando os caminhos das sinapses. Em seguida: Esaú sofreu acidente vascular seriíssimo. Queimou todos os neurônios. Perdeu todas as funções cerebrais. Logo, Esaú não é gente. Em decorrência, mate-se Esaú.

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