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Crimes insolúveis têm solução? O caso Madeleine

* Paulo Sérgio Leite Fernandes
**Gustavo Bayer
Crimes insolúveis têm solução? O caso Madeleine***

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Pouca gente se lembra do mistério gerado pelo desaparecimento, em Portugal, mais precisamente em Lisboa, da menina Madeleine McCann. Isto aconteceu em 3 de maio de 2007. Os pais a haviam deixado, com dois irmãos, num apartamento em Praia da Luz, Algarves. Descobriu-se que a garotinha havia sido sequestrada, ou raptada. Os irmãos foram deixados no apartamento. Tinham dois anos, são gêmeos. Os pais são culturalmente diferenciados. Ambos exercem a medicina. O acontecimento mobilizou os órgãos de investigação do mundo inteiro. Na verdade, os pais de Madeleine haviam deixado a menina em casa, indo jantar com amigos a cinquenta metros do local. Voltavam de vez em quando para ver se os três estavam bem. Vai daí, numa dessas vindas, por volta das 21h45, Madeleine estava faltando. O sumiço tem cinco anos e alguns meses. Logo após a desgraça, houve buscas intensivas no local. A Polícia Marítima foi convocada. Helicópteros varreram a escuridão. Cães farejadores auxiliaram. A Interpol foi alertada. Um vizinho, cujo nome é Robert Murat, foi posto sob suspeita, mas aquilo não evoluiu.

O assunto ficou em banho-maria até que surge, agora, um empresário Sul-Africano de nome Stephen Birch, apaixonado pelo mistério do desaparecimento da garota, dizendo estar convencido de que “Maddie” está enterrada ali perto, em propriedade do mesmo confinante, o primeiro suspeito apontado. Parece que a polícia portuguesa e a Scotland Yard tiveram atenção redespertada para o reinício das investigações.

Jornais brasileiros deram pequena nota sobre o assunto.

A família, inconformada com as notícias, lá atrás, de que a menina estaria morta, contratou investigadores particulares, mas sem resultado. Um detalhe: Madeleine, hoje, teria 9 anos e alguns meses. Exibe característica indisfarçável: seu olho direito tem alastramento completo da íris, consistente em uma faixa que vai da pupila até o limite do olho, o chamado “coloboma”. A fotografia da garota já foi exibida na Internet milhões de vezes. Vai uma a mais. Não faz diferença. Ou, quem sabe, faz.

* Advogado criminalista em São Paulo há cinquenta e dois anos.

** Áudio e vídeo

*** O texto é de única e absoluta responsabilidade do autor Paulo Sérgio Leite Fernandes. O intérprete Gustavo Bayer é apenas o ator.

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