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OAB-SP – Marcos da Costa vence a eleição

Paulo Sérgio Leite Fernandes

Este cronista fez campanha para Marcos da Costa, numa eleição que tinha, na oposição, advogados e advogadas importantes. Entrevistou todos, menos Rosana Chiavassa, que não veio por compromissos profissionais. Sugeriu até que se harmonizassem, incluindo-se nisso, é claro, o candidato da situação. Seria um esforço superiormente estabelecido, tudo no interesse da Ordem dos Advogados. Podval, descontente, retirou a candidatura. Tinha seus motivos. Sonia Mascaro, retirante, aliou-se a Torón. Sayeg manteve sua pretensão isolada. Chiavassa virou candidata a vice. A sorte foi lançada. No meio do caminho, ainda numa das entrevistas, o cronista perguntou a um dos candidatos, sorridente até, por que as oposições não conseguiam unir-se. Não houve resposta satisfatória. Cada liderança tinha suas razões. Hoje, 30 de novembro, às 7:00 horas da manhã, já se tem um resultado que, mesmo com chuvas e trovoadas, promete manter-se intacto. Marcos é o novo presidente da Secção de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil. O cronista já disse expressamente gostar de uns e outros, mas preferia Marcos, na impossibilidade de superação das quezilas. Foi vitória apertada, mas o escriba tem boca ruim: havendo divergências, o recortamento seria ineficaz para a derrota da situação. Sayeg surpreendeu. Estruturado numa campanha solitária, obteve votação inesperada. Fez a diferença, porque tomou voto – e muito – de Zacharias Torón. Dentro da meia maldade sempre instalada no coração humano, a reza dos situacionistas era a manutenção da briga entre os insurgentes. Aconteceu. Marcos da Costa fica três anos à testa da Seccional, o que é muito bom, diga-se de passagem, pois é sério, poupador, diligente e tímido, sendo a timidez, quem sabe, defeito na arte política. Entretanto, está aprendendo. Tomara que não aprenda demais.

D’Urso, candidato à vice-prefeitura de São Paulo, havia obtido mais de milhão de votos. Voltou para auxiliar o sucessor e obteve vaga no Conselho Federal da OAB. Numa das entrevistas realizadas pelo cronista, este afirmara não ter gostado da saída de Luiz Flávio para o enfrentamento de eleições externas, deixando o mandato interrompido. Não gostou mesmo, pois aquilo melou a liderança e, quiçá, teria complicado a campanha da situação. São coisas da vida. Mantenho-me firme com Marcos da Costa, embora afastado há muito dos escaninhos da Corporação. Desejo-lhe sorte e abraço os companheiros litigantes. Houve, no meio do caminho, escorregões na reciprocidade de acusações, algumas perdoáveis, outras mais graves. Há quem não consiga manter a linha no combate. Paciência! Espera-se que as imprecações recíprocas saiam nas águas.

Repito a entrevista de Marcos da Costa, em vídeo. O moço foi bem. Os outros também. Na vida, há sempre ganhadores e perdedores. O cronista viu na televisão, numa dessas madrugadas insones, uma expressão curiosa quanto aos animais: “– Comer e ser comido é parte inevitável do mundo natural”. Funciona assim.

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