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Obama e a interceptação telefônica

* Paulo Sérgio Leite Fernandes
**Gustavo Bayer

Obama e a interceptação telefônica***

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O Presidente Obama está em maus lençóis. Admitiu que o Governo interceptou milhões de ligações telefônicas e comunicações pela internet, buscando explicar que as conversas não era ouvidas, mas simplesmente catalogadas. Além daquilo tudo, agências de jornais e jornalistas, individualmente, foram beliscados nas intimidades, provocando um turbilhonamento bem grande na credibilidade do Presidente. O americano do norte faz questão daquelas garantias básicas asseguradas constitucionalmente. Aliás, lá atrás, por muito menos, Nixon sofreu impeachment, bastando lembrar o episódio chamado Watergate. Salvou-se Nixon da ação penal, mas seu cargo foi às tintas. Bem examinado, o problema atual é muitíssimo mais importante, despertando a raiva dos cidadãos e congregando a oposição.

O escândalo surgiu, lá, outra vez, em razão de uma delação. Houve ex-agente a denunciar a monstruosidade eletrônica praticada. Na verdade, as duas indiscrições havidas (uma a do soldado Bradley Manning, outra a do agente arrependido dos órgãos de inteligência), se e quando dando ideias aos brasileiros, levariam muitos setores a situações vexatórias, porque todos os comportamentos das autoridades adquirentes do chamado “Guardião”, até agora protegidas numa espécie de limbo, estão sendo postos à prova. Crentes na blindagem de suas ações, devem estar continuando os trabalhos sigilosos, embora uns e outros manifestem preocupação maior quanto às consequências. Elas virão, com certeza.

* Advogado criminalista em São Paulo há mais de cinquenta e dois anos.

** Áudio e vídeo

*** O texto é de única e absoluta responsabilidade do autor Paulo Sérgio Leite Fernandes. O intérprete Gustavo Bayer é apenas o ator.

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