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Manifestações populares e acidentes de percurso

* Paulo Sérgio Leite Fernandes
**Gustavo Bayer
Manifestações populares e acidentes de percurso***

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         Sexta-feira, 25 de outubro de 2013, houve novos choques entre a Polícia e manifestantes, concentrando-se a maioria na praça da Sé. Interferiu naquilo tudo um grupo apelidado black blocs. Já é rotina. A situação ficou séria, pois um militar graduado foi agredido no meio da refrega. Resta aconselhar à Corporação comportamento absolutamente morigerado na retorsão, pois assim começam as tragédias, não se sabendo a extensão das consequências que, certamente, são sempre graves. Uma das ditas derivações, diga-se de passagem, foi o desprezo votado pela Polícia ao Código de Processo Penal, enquanto solucionava o incidente. Setenta ou mais pessoas foram conduzidas a distritos policiais, impedindo-se inclusive a chegança de advogados. Isso não é bom, mas aconteceu. Quem sabe, numa próxima vez, a PM possa chegar com o eco do hino nacional, tocado pela competentíssima banda corporativa. A bandeira costuma ser respeitada. Esperar-se-ia uma solução boa, a não ser que alguém tivesse a ideia de responder com “Pra não dizer que não falei das flores” (Geraldo Vandré). Napoleão Bonaparte afirmou, certa vez, que um bom hino valia mais que cem canhões. E agora?

* Advogado criminalista em São Paulo há cinquenta e quatro anos.

** Áudio e vídeo

*** O texto é de única e absoluta responsabilidade do autor Paulo Sérgio Leite Fernandes. O intérprete Gustavo Bayer é apenas o ator.

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