* Paulo Sérgio Leite Fernandes
**Gustavo Bayer
Justiça norte-americana põe um condenado no churrasco ***

Em Oklahoma, nos Estados Unidos, poucos meses após o fracasso no desenvolvimento de outra pena de morte a ser executada, isso no Texas, outro condenado foi submetido a torturas imensas. Drogas administradas em suas veias pelos policiais não chegaram a plena e imediata eficácia. O executado morreu tempos depois, havendo no entremeio a suspensão dos procedimentos porque médicos teriam percebido problemas com a injeção letal. Não se sabe exatamente o que se sucedeu, porque os funcionários encarregados da execução fecharam as cortinas quando os sintomas de dor começaram a ser percebidos na expressão do condenado.

Parece que as drogas usadas na execução, não sendo as mesmas antes fornecidas, trazem tal tipo de complicação. Em razão das notícias divulgadas sobre o tema, a Governadora daquele Estado suspendeu outra execução, a ser realizada em sequência. Advogados de condenados estão a questionar os métodos usados.

         Os problemas mencionados se circunscrevem, em tese, aos Estados que mantém a pena de morte nos seus estatutos criminais, não se olvidando, entretanto, que a questão pode chegar à Suprema Corte, usados mecanismos judiciais apropriados àquela nação. No fim de tudo, é incrível pensar-se nos Estados Unidos da América do Norte como um país em que ainda se considera legal a injeção venosa Na artéria do braço de um condenado, sendo tudo feito por não profissionais da medicina, na medida em que os médicos se recusam a tal tarefa. Coisa abominável, certamente, que não honra minimamente os herdeiros do Tio Sam.

* Advogado criminalista em São Paulo há cinquenta e quatro anos.

** Áudio e vídeo

*** O texto é de única e absoluta responsabilidade do autor Paulo Sérgio Leite Fernandes. O intérprete Gustavo Bayer é apenas o ator