A BABÁ, AS DUAS DE VINTE E CINCO, E O POLIAMOROSO
Roberto Delmanto
O jovem advogado e a esposa, com três filhos pequenos, tendo perdido a babá de vários anos, precisaram contratar outra.Escolheram uma moça muito recomendada. Crente, recatada, de cabelos longos, só usava roupas fechadas e saias que iam bem abaixo dos joelhos.
No primeiro fim de semana que foram passar na casa do Guarujá, o casal foi cedo à praia para caminhar, ficando a babá de levar as crianças ao encontro deles um pouco mais tarde.
Quando esta apareceu com elas, a surpresa foi total. Usava um minúsculo biquíni fio dental, revelando um corpo escultural.Os olhos do advogado e de outros amigos que estavam na barraca de praia literalmente reviraram.
Ao voltarem para São Paulo, a esposa do advogado, já na segunda-feira, sábia e prudentemente despediu a babá, dizendo que necessitava de alguém mais experiente…
O veterano juiz, depois de mais de trinta anos de um casamento muito feliz, ficara viúvo. Apesar do carinho dos filhos e netos, mostrava-se inconsolável, caindo em grande depressão. O tempo passava e o magistrado, então com sessenta e cinco anos, não se recuperava.
Por insistência de amigos, foi consultar um conceituado terapeuta. Este recomendou que arranjasse logo uma namorada. O juiz indagou-lhe qual idade seria aconselhável que ela tivesse e o terapeuta respondeu que por volta de cinquenta. Foi aí que o magistrado, dando sinais de rápida e surpreendente recuperação, perguntou se não poderiam ser duas de vinte e cinco…
Durante vinte anos de casada, a esposa sempre considerara o marido promotor fidelíssimo.Até que, por acaso, através do facebook, descobriu que ele tinha relacionamentos extraconjugais.
Não podendo negar a evidência, o membro do parquet explicou-lhe que fazia parte de um grupo de homens considerado poliamoroso. Segundo ele, tais pessoas tinham uma necessidade absoluta e vital de ter mais de uma relação amorosa, o que não impedia de darem à primeira (e oficial) parceira, irrestrito afeto e dedicação. Alegou que até existiria um site a respeito.
A mulher não aceitou a absurda desculpa, nem quis consultar o tal site, pedindo logo o divórcio…
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