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Como produzir olhos assemelhados aos de Elizabeth Taylor

* Paulo Sérgio Leite Fernandes
**Gustavo Bayer
Como produzir olhos assemelhados aos de Elizabeth Taylor***

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Falar da tragédia de Fukushima – ou escrever sobre a mesma – constitui, às vezes, vocação para o masoquismo. Aparece então, até em autodefesa do equilíbrio emocional, a necessidade de uma crônica mais leve. Vai daí, vale a pena a rememoração dos olhos de Elizabeth Taylor, a mesma que contracenou com James Dean em “Assim caminha a Humanidade”. Rock Hudson era o marido, rico fazendeiro possuidor de muitos poços de petróleo. Parece que um envergonhou o outro. O filme não dá certeza. A conclusão fica para o intérprete.

Elizabeth Taylor tinha olhos de cor violeta. Eram extremamente lindos.

Acordei hoje, 4 de abril, pensando nas “leis de Mendel”, aquela das ervilhas. Daí me surgiu o olhar da Taylor. Mendel, todos sabem, lidava com ervilhas homozigotas e heterozigotas, fazendo experiências, também, com cobaias pretas e brancas. Isso diz com vegetais e também com o azul dos olhos de Elizabeth Taylor. Não perguntem como. Eu não sei.

Não se perca o romantismo na tentativa de explicar hereditariedade. O Brasil tem, no norte, belas mulatas de olhos azuis. Holandeses e franceses estiveram por lá. Predominam no sul os verdes. Alemães e italianos são responsáveis pelo fenômeno. São Paulo tem a maior colônia árabe (sírio-libanesa?) do país. Há, aqui, muitas mulheres exibindo olhos meio verdes meio azuis, dependendo da hora do dia. Em homenagem à Taylor, aos seus olhos e a todos os olhares multicoloridos de todas as outras, relembre-se um dos fetiches de Vinicius de Moraes: “Poema dos olhos da amada”.

* Advogado criminalista em São Paulo há cinquenta e um anos.

** Áudio e vídeo

*** O texto é de única e absoluta responsabilidade do autor Paulo Sérgio Leite Fernandes. O intérprete Gustavo Bayer é apenas o ator.

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